Re: Reunião com a Presidente

Oi Ale,

Te encaminho abaixo as informações:





CARTA PÚBLICA DAS ENTIDADES DO MOVIMENTO DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS E TRANSEXUAIS - LGBT DO BRASIL À PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF

O Brasil experimenta o período democrático mais longo da nossa história. Este momento vem se consolidando por meio de nossas instituições democráticas e do povo brasileiro, que nos últimos dias tem saído às ruas mostrando seus principais anseios e reivindicações.

O movimento LGBT compôs todas as mobilizações e manifestações recentes. Sempre estivemos nas ruas. As Paradas e as Marchas Nacionais contra a Homo-lesbo-transfobia simbolizam este nosso compromisso histórico e constante com processos de luta que são elementos fundamentais para o fortalecimento da democracia.

Reafirmamos, enquanto movimento organizado, nas ruas, nossas reivindicações históricas de reconhecimento de direitos e cidadania plena, contribuindo para que milhões de brasileiras/os sintam-se parte do nosso Estado democrático.

É extremamente simbólico que a Presidenta da República receba o movimento LGBT no dia 28 de Junho. Foi nesta data que em São Francisco (EUA) ocorreu a conhecida Revolta de Stone Wall. Neste episódio as pessoas LGBT enfrentaram a dura repressão policial existente na época contra a livre expressão de suas orientações sexuais e identidades de gênero. Desde então, esta data tornou-se um dos principais marcos históricos para a organização do movimento LGBT internacional na modernidade, sendo comemorada como o dia de orgulho a promoção da cidadania desta população.

A partir da década de 90, com a visibilidade expressiva do Movimento LGBT, o Brasil passou a desenhar políticas para a nossa população. Se no período neoliberal estávamos quase que restritos às políticas no campo da saúde, ajudando a consolidar importantes e históricas ações de prevenção a DST/AIDS no país, foi a partir dos Governos Democrático Popular que passamos a avançar para a construção efetiva da Cidadania LGBT.

O lançamento do Programa Brasil Sem Homofobia (2004), a realização das Conferências Nacionais LGBT (2008;2011), o lançamento do I Plano Nacional LGBT (2009), a criação da Coordenação-Geral LGBT (2009) na SDH, a instalação do Conselho Nacional LGBT (2010) e o lançamento recente do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento a Violência Contra LGBT (2013), representam, na contemporaneidade os grandes marcos históricos institucionais destes importantes avanços.

Entretanto, apesar do Brasil estar consolidando um histórico processo de inclusão social, com a melhoria da condição sócio-econômica da população, combate a fome e a miséria absoluta, ainda somos apontados, internacionalmente, como um dos países que mais comete crime por homofobia do mundo. Mostrando uma faceta distinta de como o país é conhecido pelo mundo a fora.

Os dados oficiais registrados pela Ouvidoria da Secretaria de Direitos Humanos e apresentados ao Conselho Nacional LGBT mostram índices alarmantes que configuram as diferentes formas de discriminações e violações contra a população LGBT no Brasil, correspondendo a cerca de 14 pessoas que são vítimas de violências homo- lesbo- tranfóbicas por dia, num total de9.982 violações envolvendo 4.851 vítimas e 4.784 suspeitos, no último ano, dentre as quais 310 são homicídios, caracterizados , em sua grande maioria, com requintes de ódio e crueldade.

Esses números oficiais retratam a violência física e simbólica que demarcam o cotidiano da população LGBT. A pesquisa "Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar" realizada pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica, em 2009, aponta que 87,3% da comunidade escolar entrevistada, tem preconceito em relação à orientação sexual. De acordo com a Fundação Perseu Abramo, no mesmo ano, na pesquisa "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil: intolerância e respeito às diferenças sexuais", 92% da população reconhece a existência do preconceito contra LGBT, sendo identificado que esse percentual é cinco vezes maior que o preconceito contra negros e idosos detectados pela Fundação.

Os registros do Disque 100 e das pesquisas citadas representam a expressão da cultura sexista, machista e racista que permeia as relações na sociedade brasileira e que encontra ecos no fundamentalismo religioso. O PDC 234 apresentado pelo Deputado Federal João Campos(PSDB- GO) que é conhecido, publicamente, como o "Projeto da Cura Gay" aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, assim como a PEC 99/11 apresentado pelo mesmo Deputado, explicita essa cultura.

Neste sentido, as entidades LGBT abaixo relacionadas, priorizam as seguintes demandas à Presidência da República:

1) Mobilização da base do governo para a imediata aprovação do PLC 122/06 que criminaliza as expressões de ódio e todas as formas de intolerância e discriminação em relação à orientação sexual, identidade de gênero, religiosidade, geração, gênero, territorialidade, acessibilidade, étnico-racial, e outras;

2) Lançamento do 2º Plano Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra LGBT;

3) Priorização orçamentária para as políticas públicas LGBT, com programa específico nos instrumentos do Orçamento Federal (PPA, LOA e LDO), com o objetivo de efetivar o Sistema Nacional LGBT, consolidar o funcionamento da Coordenação Geral LGBT e do Conselho Nacional LGBT, e de ser uma resposta concreta do Estado e do Governo aos altos índices de violência homo-lesbo-transfóbica no país;

4) Garantia dos avanços conquistados na política de saúde, a exemplo do SPE (Saúde e Prevenção na Escola), do Plano de Feminização da AIDS e do Plano de Saúde Integral LGBT, bem como a apresentação de respostas concretas do Governo às violências contra a livre expressão da orientação sexual e identidade de gênero, detectadas no ambiente escolar;

5) Mobilização da base do Governo para a rejeição do PDC 234 (Projeto da Cura Gay) e da PEC 99 que, para nós, fere diretamente o princípio da laicidade do Estado.

Certos de contarmos com o compromisso deste Governo agradecemos desde já a atenção.






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Relatório resumido da Audiência com a Presidenta da Republica Federativa do Brasil, Sra Dilma Rousseff.

Dia 28 de junho, as entidades ABGLT, LBL, ANTRA, ARTGAY, REDE-AFRO, FONAJUVE,  CMP, ABL, Conselho Nacionãl Contra a Discriminação LGBT foram recebidas pela presidenta.

A audiência foi aberta com a Fala da Presidenta, salientando sua manifestação contra a discriminação e preconceito, tando qto a orientação sexual qto a opção de religião.

A seguir todos e todas foram convidado(as) a se apresentar, quando falamos sobre nossas instituições nacionais, no meu caso, ABGLT, de Estado da Federação onde nascemos e, no meu caso, de SC/Fpolis, lugar onde vivo, além de falarmos das nossas  bases, no meu caso  (Sindicato e ONG).

-Foram seis falas da Sociedade Civil sendo cinco do CNCD/LGBT (Janaína, Leo Mendes, Cris Stefanny, Roselaine e Carlos Magno):

-Toni Reis (convidado pelo Ministro Gilberto de Carvalho) fez a saudações e agradecimento;

-Janaina Oliveira, vice- presidenta do Conselho Nacional LGBT, falou sobre o papel do conselho e seu fortalecimento, salientando a importancia deste na conquista dos direitos humanos, não apenas LGBT, mas como um todo;
- Leo Mendes -ARTGAY - falou da conjuntura e exigiu a aprovação do PLC 122, bem como iniciativas que abrangem outros ministérios específicos do Governo, ou seja, dando nome aos ministérios que podem e devem trabalhar  a nosso favor em prol das Politicas Publicas LGBT;
-Cris Stefanny -ANTRA -  falou sobre a situação de violência extrema que vive a população LGBT e, destacou, a situação de precarizacão das travestis, violencias vividas quase que diariamente, sobretudo nos ambientes de trabalho e escolar, o que as excluem do mercado de trabalho, levamdo-as à prostituição;
-Roselaine -LBL - emocionada, completou a conjuntura, falou das nossas conquistas e dos retrocessos, destacando os números de violência homofóbica no Brasil apresentados pelo 2º relatório anual de violência LGBT, realizado pela SDH a partir dos dados da Ouvidoria, além de falar dos estupros corretivos e do feminicídio;
-Carlos Magno-ABGLT - fechou as falas fazendo as exigência dos cincos pontos e entregou a carta de reivindicações a presidente.

Três falas do governo:

-Maria do Rosário fala do lançamento do Sistema Nacional LGBT, do relatório do Disque 100 (modulo LGBT) e do MS, onde destacou a inclusão de orientação sexual, identidade de gênero e nome social nas fichas de atendimento;
-Menegucci fala importância do trabalho conjunto do disque 100 e 180;
-Não lembro o que o Gilberto falou ou se falou. 

Duas falas da Presidenta

-Dilma  declara que a Presidenta e a Presidência da Republica é veemente contra a violência e qualquer tipo de preconceito e discriminação tanto aos LGBT (que chama de orientação) quanto as religiões (que ela chama de opção) e se posiciona na defesa do Estado Laico, compromete-se a aprimorar os dados estatísticos de homofobia, solicitando às Ministras Eleonora e Maria do Rosário ações conjuntas com o IBGE/PNADs,  pois acredita que com estes dados o governo terá argumentos concretos para reivindicar maior atenção a esta população e, consequentemente, poderá exigir mais de seus Ministérios, por fim  sinaliza que há necessidade de ações nas escolas contra o preconceito.

Avaliação da ABGLT:
Foi um momento histórico e positivo, pois é a primeira  vez que representantes do movimento LGBT falam diretamente a presidenta sobre a situação atual da população LGBT , apontando seus anseios, carências, dores, suas prioridades e, o que é mais importante, ouve, diretamente da Presidenta da República Federativa do Brasil, seu compromisso pela erradicação de toda a forma de preconceito e discriminação  pelo Estado Laico

Neste sentido, enquanto ABGLT vimos esta audiência como positiva. No entanto estaremos vigilantes para que as ações de reconhecimento dos direitos e cidadania  LGBT sejam efetivados fazendo com que a homofobia seja erradicada, tanto por ações do Governo, quanto pelo Estado e Estados da União.


Presentes à audiência pela ABGLT:

Carlos Magno - Presidente
Guilhermina Cunha - Vice-presidente
Keila Simpson - Vice-presidente
Fernanda Benvenutty - Sec. de Relações Institucionais
Carla Carla Ayres - Cons. Ética






Att,


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Adm. Fabricio Lima
Professor de Administração
Presidente do ROMA - Instituto de Diversidade Sexual da Grande Florianópolis
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Membro do FEE/SC - Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina
Membro do FOCAP - Fórum Catarinense de Aprendizagem Profissional
Membro do FETI/SC - Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente no Trabalho de SC
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Telefones: (48) 8436-8278  /  8811-1559 / 9937-1054
E-mail: adm.fabriciolima@gmail.com
Skype: adm.fabriciolima
MSN: limadigit_consultoria@hotmail.com
Site: https://sites.google.com/site/admfabriciolima/
Blog: http://admfabriciolima.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/admfabriciolima
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Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2068945585258478
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Núcleo de Pesquisa Mídia e Participação Política e Social / UFSC
Núcleo de Pesquisa ENTRENOS / UNISUL
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P Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o Meio Ambiente.


Em 2 de julho de 2013 11:21, alecunha2009@live.estacio.br <alecunha2009@live.estacio.br> escreveu:
Bom dia, 

Alguem pode me informar qual foi a pauta reivindicada na reunião LGBT com a Presidente.

Acredito que não incluíram as questões de saúde, envolvendo a população LGBT.

Att,

 
 
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Alexandre Cunha dos Santos
Conselheiro Estadual de Saúde - SC
ROMA
(48) 9942-2391
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